Em 15 anos, 'lanterninha' Brasil evolui em acesso ao ensino superior

Descrição
As matrículas em universidades e cursos de formação superior por brasileiros cresceram de forma vigorosa entre 1999 e 2014, provavelmente motivadas por avanços econômicos e programas públicos de incentivo ao ensino terciário.
Assim, na virada do século, o Brasil, que apresentava números abaixo de médias do mundo e da América Latina, conseguiu ficar acima delas, sendo capaz de efetuar matrículas de praticamente 50% dos estudantes na faixa de idade de saída do ensino médio, segundo dados da UIS Stat, serviço de estatísticas da Unesco.
A Unesco não especifica precisamente qual é essa faixa de idade, talvez por conta de diferenças de cultura no mundo - dependendo do país, jovens se formam mais tarde ou mais cedo do colegial. Minha estimativa é que seja uma faixa de 17 a 21 anos (a Unesco especifica que é uma faixa de 5 anos de latitude).
De toda forma, por melhor que tenha sido a evolução dos números do maior país da América Latina, não se iguala aos feitos do Chile, que disparou quase 50 pontos percentuais no mesmo período de comparação, frente a 33 do Brasil.
Os dados mais recentes são de 2014.
O porta oficial de notícias do governo brasileiro, publicou, em 2016, nota com dados semelhantes (embora um pouco menores), para alunos de 18 a 24 anos.
Matrículas em ensino superior por recém saídos do ensino médio
País | 1999 | 2014 | |
---|---|---|---|
Argentina | 48% | 82,92% | +34,9 p.p. |
Brasil | 16,08% | 49,28% | +33,2 p.p. |
Chile | 37,31% | 86,63% | +49,3 p.p. |
Latam e Caribe | 22,36% | 44,66% | +22,3 p.p. |
Mundo | 18,36% | 34,45% | +16,1 p.p. |
Fonte: Unesco
Referências
- Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - Unesco, com informações do World Bank Data e do UIS Stat, serviço de estatísticas da Unesco. A série, nos dois bancos de dados, é
Gross enrolment ratio, tertiary, both sexes (%)
.
Publicação alterada em 05.05.2017 para acrescentar link de notícia do governo brasileiro, no último parágrafo